Neste momento funcionamos com um modelo de economia linear: fazemos um produto, utilizamos e depois deitamos fora. Se isto continuar a acontecer eventualmente a Terra irá acabar sem recursos e com muitos resíduos.
Na economia circular: fazemos um produto, utilizamos e no final transformamos este produto num outro produto, reparamos ou encontramos aplicações para os resíduos e subprodutos criados durante o processo de produção. Este ciclo poderá funcionar continuadamente, reutilizando parte dos recursos e reduzindo a produção de resíduos.
Por exemplo, ao produzirmos um produto, fabricamos de modo a que no final do seu ciclo de vida possa ser facilmente dividido em cada um dos seus materiais componentes de modo a que estes possam ser reutilizados para a construção de outros produtos. Desta forma, conseguimos poupar novas utilizações de recursos naturais.
Na economia atual, compramos um produto e quando ele se parte, se estraga ou fica velho, deitamos para o lixo. Se isto continuar a acontecer, eventualmente iremos acabar por deitar todos os recursos naturais fora.
No modelo de economia circular, o produto avariado é enviado para a fábrica, ou para uma oficina de reparação, sempre que é necessário arranjar ou melhorar. Se não for possível reparar, será desmontado em cada um dos seus componentes e transformado noutros produtos.
Durante o processo de fabrico são gerados resíduos e subprodutos que podem ser utilizados como matérias-primas para outras indústrias, processos e produtos, poupando recursos naturais!
Se pensarmos bem, em muitos casos, nem precisamos sequer de comprar certos produtos, podemos alugar ou partilhar o seu uso.
A indústria da pasta e papel tem um papel importante para a economia portuguesa. As indústrias florestais são responsáveis por 10,3% das exportações nacionais, sendo que desses 5,7% pertencem à indústria da pasta e papel.
Portugal é líder europeu e representa 60% das exportações do papel de escritórios que é exportado da europa para todo mundo.
70% da energia utilizada na indústria do papel em Portugal provem de energias renováveis (biomassa), acima da média europeia (54%).
Em Portugal, a floresta cobre cerca de 40% do território.
A indústria florestal pertence a cerca de 400 000 proprietários e emprega mais de 100 000 pessoas.
As florestas são habitat de 80% da biodiversidade terrestre.
O papel é um recurso natural, reciclável e biodegradável.
O papel usado pode ser reciclado várias vezes.
O papel é o produto mais reciclado na Europa (72%).
O papel é um produto natural, reciclável e biodegradável, proveniente de uma matéria prima renovável que é a madeira de florestas plantadas, respeitando os ciclos naturais.
Os nutrientes no solo, a energia do sol e o carbono retido pela fotossíntese , fazem as árvores crescer. As árvores são transformadas em papel, que é utilizado e depois reciclado ou biodegradado, podendo este processo prolongar-se por vários ciclos.
As árvores são plantadas para um dia serem colhidas e utilizadas pela indústria da pasta e do papel.
As plantações florestais são geridas de forma sustentável, procedendo-se à replantação permanente de novas florestas, de modo a assegurar a biodiversidade e a prevenir incêndios florestais.
As árvores são colhidas de uma forma responsável, garantindo o balanço equilibrado entre colheita e (re)plantação. Posteriormente são transportada para a fábrica.
Os troncos são cortados, em pequenas aparas, que são sujeitas a processos industriais de cozimento para obter a pasta de papel.
A pasta é introduzida na máquina juntamente com outros elementos, formando a folha de papel que é enrolada numa bobine (nesta fase podem entrar no processo os papéis recuperados pela reciclagem). No final o papel é cortado e transformado em diferentes formatos para as diversas utilizações.
A indústria da pasta e do papel é um exemplo de economia circular, reutilizando internamente os seus recursos (ex: reutilização da água usada e subprodutos no processo de produção, ), fechando ciclos e
circuitos, e valorizando uma parte muito significativa dos seus resíduos.
A biomassa (ex: cascas de eucaliptos) e outros subprodutos da indústria do papel, são ainda utilizados para a produção de energia elétrica verde.
Os resíduos de uma indústria podem ser subprodutos de outras, diminuindo a necessidade de uso de matérias-primas virgens e criando novas oportunidades de negócio. A este processo chamamos simbioses
industriais. Nas várias fases do processo produtivo de pasta e papel é gerada biomassa florestal como a casca das árvores, lamas, cinzas ou areias, que podem ser reutilizados na própria fábrica ou por outras
indústrias como matérias primas (ex: construção civil; agricultura).
O papel ou cartão pode ser utilizado em forma de cadernos, livros, cartas, jornais, revistas, bilhetes de cinema, sacos para compras, papel higiénico, lenços de papel, guardanapos, caixas de ovos e outras embalagens.
Tudo isto obtido a partir das árvores que plantamos e replantamos!
O papel usado, depois de recolhido e triado, é transformado de modo a poder ser novamente utilizado na fábrica e gerar novo papel. Como as fibras provenientes do papel já usado, reciclado, vão ficando degradadas e mais fracas é necessário adicionar novas fibras frescas de pasta de papel para dar continuidade ao ciclo e garantir a qualidade e o desempenho do novo papel. Tudo tem origem na floresta!
Se colocado no devido contentor (papelão), o papel usado pode começar uma nova vida com outro tipo de utilização.
Não podemos transformar papel usado em papel novo para sempre, porque a qualidade do papel diminui cada vez que é processado, mas ainda o podemos reciclar algumas vezes. Os papéis velhos são usadas no fabrico de papel novo, sempre em conjunto com alguma pasta de papel nova (fibras virgens).
O papel usado pode ser reciclado entre 3 a 5 vezes, num processo que é conhecido pela cascata da reciclagem: papel reciclado; revistas; cartolina; cartão canelado; celulose moldada (ex.: caixa de ovos).
O que não pode ser reciclado?
Toalhas de mão, guardanapos, fraldas descartáveis, papel para embrulhar alimentos, entre outros.
As florestas purificam o ar através da fotossíntese, retendo e fixando o carbono e devolvendo o oxigénio à atmosfera.
As florestas promovem a infiltração da água da chuva, prevenindo cheias. Protegem os solos contra a erosão da chuva e do vento.
Mais de metade de todos os animais do planeta vive nas florestas.
As florestas ajudam a manter o equilíbrio climático e a atenuar os efeitos das alterações climáticas.
As florestas são uma importante fonte de energia, ao produzirem madeira e resíduos florestais que podem ser reaproveitados como biomassa para a produção de energia.
Diversos produtos florestais servem de matérias-primas para a construção civil (madeira, cortiça, resina) e para várias indústrias, nomeadamente a farmacêutica (plantas medicinais) e a indústria do papel (celulose).
A paisagem florestal é atrativa para o turismo e atividades de lazer. Quase 60 mil milhões de euros são gerados anualmente pelo ecoturismo, a nível mundial.
O sector da floresta emprega mais de 13 milhões de pessoas pelo mundo. Quase 1% do PIB mundial resulta do comércio de produtos florestais.
Por ano, uma média aproximada de 11kg de alimento por habitante da Terra são fornecidos pelas florestas (castanhas, pinhões, cogumelos, etc.).
A madeira é um produto natural e biodegradável. No entanto, para assegurar o uso sustentável deste recurso é necessário gerir responsavelmente as explorações florestais e a utilização dos seus recursos.
A gestão florestal sustentável é a administração e o uso das florestas de uma forma e a um ritmo que mantenha a sua biodiversidade, produtividade, capacidade de regeneração, vitalidade, e o potencial para satisfazer, no presente e no futuro, funções ecológicas, económicas e sociais relevantes aos níveis local, nacional e global, não causando danos a outros ecossistemas
E como é possível distinguir os produtos que provêm de florestas geridas de uma forma sustentável?
É simples, basta procurar a informação nos rótulos das embalagens que muitas vezes é indicada através de certificações.
Em Portugal, as plantações de eucaliptos sob a responsabilidade da indústria a pasta e papel são geridas de forma sustentável e cumprindo exigentes requisitos de certificação florestal internacionais reconhecidos como o FSC® (Forest Stewardship Council®) e o PEFC (™) (Programme for the Endorsement of Forest Certification schemes).
Já estão abertas as inscrições para o ano letivo 2023/2024. Os conteúdos pedagógicos disponibilizados são de livre utilização por qualquer escola que os queira explorar. No entanto, a partic
Este ano o Quico voltou às escolas. De Norte a Sul do país, a Missão 360 levou às escolas temas como gestão florestal sustentável e boas práticas de Economia Circular. Estruturadas com dinâm
Já temos os vencedores da 5ª edição da Missão 360 Parabéns terráqueos! Consultem aqui os vencedores de mais uma edição da Missão 360. Obrigado a todos pela participação e esperamos contar c